sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Caleidoscópio

Zéfiro;
diz que este fecundava as éguas de certa região da Lusitânia tornando os cavalos dessa zona invulgarmente velozes. Consta na Orla Marítima de Rúfio Festo Avieno.
Um outro dos mitos em que Zéfiro aparece mais proeminentemente é o de Jacinto, um belo e atlético príncipe espartano. Zéfiro enamorou-se de Jacinto e cortejou-o, tal como Apolo. Ambos competiram pelo seu amor, que veio a escolher Apolo, fazendo que Zéfiro enlouquecesse de ciúmes. Mais tarde, ao surpreendê-los praticando o lançamento do disco, Zéfiro soprou uma rajada de vento sobre eles, fazendo com que o disco golpeasse Jacinto na cabeça ao cair. Quando Jacinto morreu, Apolo criou a flor homónima com o seu sangue.
Zéfiro é também considerado uma brisa suave ou vento agradável, pois era o mais suave de todos os ventos tido por benfazejo, frutificante e mensageiro da Primavera.


'E se eu me tranformasse em peixe-lua?'


" Fim de verão, tórrido: estamos numa vila ribeirinha em frente de Lisboa, do outro lado do Tejo. E vamos atravessar a planície do sul da Península Ibérica, amarela, com as searas já ceifadas, onde vibram ao longe as casas brancas das cidades dentro de muralhas. Eternos campos de batalha entre Portugal e Espanha, mas que os personagens cruzam hoje sem já encontrar fronteiras. De Lisboa a Córdova, escura, moura, judia, rodeada por bairros miseráveis de ciganos. Depois de Córdova de novo até ao mar. E ao longo deste trajecto há um mundo de misticismo violento, de toureiros feridos, de mesquitas transformadas pela força em catedrais, de música áspera, de sangue. E um outro que rapidamente o vai asfixiando, mais violento ainda, de globalização selvagem, de chicana política, de mafias da urbanização. Para além disto o filme tem uma estrutura quase tradicional: as coisas "precipitam-se" durante um prólogo, três actos e um epílogo. (...)"
José Álvaro Morais

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